de música e de poesia9

Vozes estridentes e pânico velado:

a metrópole pobre é um pântano "amolhado"

(acinzentado, acimentado, assaz...)

Quem se percebe na boca da máquina

enquanto espera o ônibus sob a chuva sêca?

Os dentes do sistema,

apontados como lasca,

afiados como faca,

trincados como estaca,

mastigando a massa.

Por isso eu vou prá Cuba,

Onde ninguém finge que não é pobre.

Onde ninguém finge que não é preto.

Onde ninguém finge que não se fode.

Se arruma, alecrim!

Não é fuga, jasmim!

Eu vou prá Cuba, meu bem!

Thai
Enviado por Thai em 21/12/2006
Reeditado em 13/09/2016
Código do texto: T324452
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