Fantasia do Impróprio

O pires redondo liso, branco e puro

Singelo como sexo de anjos tortos

Miserável de sua borra do café escuro

Dos suores podres das valas dos poros.

Das verdes trilhas secas dos gramados mortos

Da poesia branca dos matagais solutos.

Desta voz aguda que tiroteia o ouvido

Suicidando o mundo desta vida inglória.

Dos dedos que me lêem e dos pobres pobres

Dos ricos que assassinam a saga do óbvio.

As mãos de dedos longos que se gesticulam

Incendeia a luz marrom na lama da alcova.