RECADO PRA MORTE

Da minha porta vejo a foice torta

E uma cabeça indefinida.

Se há mais e assim se comporta,

Vence sempre a desejada vida.

Respeito-te, mas não te venero.

Acredito-te por observar outros,

Todavia devo ser sincero

Medo de ti, tenho pouco.

Vejo sombras e horríveis lendas,

Cheiro forte e podridão,

Mas depois da carne, entendas:

Há sobrevida na imensidão.

Por tantas teorias e assombro,

Por dúvidas e pouco-caso,

Deixe-a vagar pelos escombros

Longe de mim e com muito atraso.

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 04/10/2011
Código do texto: T3257482
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