AUSÊNCIAS

Sem lírios nem luz no escuro ontem

O destino caminhava sem equilíbrio

Retratos tomados de aflitos tons

Inquieto no leito sem perfume - é insano

Divide entre a prisão e a porta

Ruínas de veneno talvez.

Há Faíscas nas sombras segredos

É dor nas intenções espalhadas

Extraídas dos órfãos de alma

É solitário em sonhos desaquecidos

Logo mais ali na gaiola presa

O rumor regurgita nas asas.

Quer paz neste conflitado medo

Vivências deste presente destino

Neste universo onde ainda

Ausentes fios abandonados envelhecem

Nesta sociedade que escraviza

Em todos os momentos há cinzas.

A vida se perde entre distâncias

Ao se cruzar nas estações da vida

São cristais sinais do amanhã

Que palpitam outro futuro

Quer paz hoje só na essência

Ausente nas pétalas das flores.

IáraPacini