PALAVRAS

Elas podem ser singelas e suaves como uma brisa matinal

Podem, traduzir um mero pensamento e devaneio sentimental

Podem até ter escapulido da falange, de uma forma sorrateira... como ladrão...

Mas ainda podem, sair crispadas, enferrujadas quando do pedido de perdão!

Existem também, as que entram em ebulição e jorram, com uma força descomunal

Se parecendo mais com um vulcão de desejos reprimidos, atemporal

Mas assusto mesmo, com as que passam como um poderoso furacão

Arrasador! Podendo até mesmo, matar e aniquilar, quem esteja no caminho, deste tufão

Não menos mortais; são as que no começo são doces e molhadas, pegajosas

Que se transformam num redemoinho súbito e infernal

Cujo epicentro está sempre ao nosso lado, em águas bondosas!

Mais destruidoras... são, as injustas e mentirosas palavras de baixo-calão; ai, quando deliberadas...

Ainda mais; quando proferidas caluniosamente de um ente fraternal!...

Palavras, palavras... como seria bom, se antes de ditas, fossem criteriosamente calculadas.

Hernandes Leão
Enviado por Hernandes Leão em 11/10/2011
Reeditado em 15/11/2011
Código do texto: T3269600