O BOM MARINHEIRO

Quando olhei para o céu, no horizonte...

Percebi, que logo chegaria uma tormenta furiosa

Confesso que não estava pronto pr'aquela tempestade

Na verdade, ainda pensava em minha amada esposa

Ora! Divagava, no rio de minhas preocupações

Deixava tudo... para trás novamente

Pra quê? Só por aventura e novas emoções?

Talvez, seria a hora de refletir conscientemente

A tempestade chegou ferozmente e destruidora, causando danos...

Mas naquele momento de muito labor

Quando o barco vascolejava violentamente pros lados

Então, compreendi finalmente, com fervor...

O real valor do bom Marinheiro

Pois, naquele castigo iminente

Naquela boca do Diabo traiçoeiro

Sob aquela chuva de desespero constante

Entendi, o meu destino e a minha sina...

Ora! Teria eu que atravessar aquela garganta da morte

E aceitar dignamente esta faina

E cravar no seu olho penetrante, o meu tridente

Pois, eu não iria embarcar nesse coche

Puxado por demônios do mar

Eu seria relutante; e da morte, não seria seu fantoche

Porque a minha Amada, muito eu, ainda iria amar!

O Real valor do bom Marinheiro... de boa reputação...

É visto na condução de sua embarcação

Na tenebrosa tormenta do mar!

Pois, na bonança; qualquer marujo meia-tigela consegue tocar!

Hernandes Leão
Enviado por Hernandes Leão em 13/10/2011
Reeditado em 13/10/2011
Código do texto: T3273509