Libertação

Enfim meus olhos se fecham

Para nunca mais se abrirem

Resta agora meu corpo gelado

Esperando para que os vermes

Venha devorá-lo

Enfim chegastes a mim

Oh adorável dama noturna

Destes-me o beijo que tanto almejei

Um beijo mortal da única dama que amei

Enfim não preciso mais ver o sol

Não preciso mais sorri

Não preciso mais me alegrar

Não preciso mais amar

Deliciem-se com meu cadáver

Adoráveis vermes

Acabem com o ultimo vestígio de vida

Que ainda resta em mim

Deixem apenas meus ossos

Para mostrar ao mundo

Que um dia eu existi

Uma existência plena e inútil

Em um mundo maravilhoso

Porem imundo

Enfim me libertei dessa prisão

Resta agora minha pobre alma a vagar

No silencio sem fim

Na escuridão mortal