Sanidade duvidosa

A vida tem dessas coisas

Pessoas sãs, outras doidas

Sinceramente

A loucura me excita

E dentro de mim

Grita

Uma voz enegrecida no porão do meu sub-ser

Se ser são

É viver esse padrão

Comprar essas roupas

Beber, comer

Ouvir esse som

Prefiro a loucura

Prefiro deixar sair do porão

Essa pitoresca figura

Que na verdade

É nada mais, nada menos

Do que meu próprio eu

Mas um eu em desmundo

Desumano, vagabundo

Que corre por fora de tudo...

De sanidade duvidosa, talvez?

Mas feliz com certeza!