Enquanto Escrevo...

Enquanto Escrevo...

Hoje não quero fazer poema triste...

Minha mente teimosa resiste...

Não me quero apartada do amor...

Um avião decola e me avisa:

Talvez, num deles estejas...

Minha saudade não põe mesa

Estou com uma fome atroz!

Perco a voz no pranto contido...

A música vem em meu auxílio:

Ouço Vinicius no som do computador.

Enquanto escrevo, Maria Creuza canta:

“Não posso esquecer o teu olhar

longe dos olhos meus”

Assim a noite passa,

Com a chuva de verão...

O tempo quente anuncia

Que o sol virá, sem perdão,

Pra quem está no inverno...

Recorro aos poemas.

No Recanto há letras

De pessoas como eu

Que dão saltos mortais,

Voam nos trapézios do amor

Andam com uma perna só,

Sem ser pernetas,

Quando querem driblar a dor...

Nesse recanto somos todos humanos,

Ou super-homens de plantão.

Mulheres Cinderelas, lindas

Ou Marias-belas de forno e fogão.

Assim a tristeza passa

E meu verso se transmuta.

Quero alegria e vida

Não quero dar guarida a dor!

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 29/12/2006
Código do texto: T331060