PERGUNTAS, DÚVIDAS, INQUIETAÇÕES

Há tantos prazeres buscando

um espírito que lhes dê repouso

que eu às vezes busco na escrita

um simples momento de pouso

Mas a escrita é muito ampla

quer prazer e até desconsolo

há tantas flores no campo

que mal lhes vemos o miolo

Meu íntimo é um remo expulsando

de sua frente os impecilhos

talvez eu palmilhe grandes trigais

da ida talvez eu guarde

a ânsia de mil andarilhos

Todos nós somos iguais

Meu espírito clama por sossego

Quero ser feliz, viver em paz

numa roda de amigos, ver minha família

na minha família, só ter amigos

quero palmilhar pelas ruas e travessias

plantar em meu jardim uma simples tília

e esquecer, outras flores até desconheço

Minha pessoa é um enigma indecifrável

e eu tento me entender todos os dias

e a cada dia torno-me mais confusa

a sensibilidade é uma arma poderosa

manipula nossas palavras

perde-se e anda perdida dentro de nós

se nós a usamos, mais ela nos usa

e de tanto nos usar – de nós até abusa!

Um dia, chegarei a me entender

Quem sabe?

Regina Souza Vieira
Enviado por Regina Souza Vieira em 29/12/2006
Código do texto: T331492