Indecisões
Estranho.
Não que eu desacredite
Ou não releve
Ou desmereça
Mas o que sentes e o que diz
E o que não fala, porque obviamente não o sentes
E tudo com a qual você brinca, para esconder verdades
Me confundem.
Não que eu não acredite,
Não dê valor,
Ache hipocrisia...
Mas afirmar sentimento não é afirmar interesse
Dizer a verdade pura não significa carinho
Eu sei de tudo isso, eu só não queria ouvir dessa forma
Eu queria tentar acreditar em algo alem...
Alem da verdade nua e crua da rotina
Do estereótipo não alcançado
Algo alem do conformismo
Algum elogio real, entregue com prazer
Um acariciar terno, um toque singelo
Uma forma simples e bela de demonstrar afeto
Não apenas a palavra lançada ao ar e o ir embora
O significado e algo alem do significado.
É estranho.
Nada basta, Nada disso basta,
Temos o mais importante e ele não se manifesta.
Eu penso em perguntar, estimular, dizer o óbvio
Para assim, talvez, deixar claro a falta
Mas a resposta e a mesma, e é a melhor possível
É a mais bela, real, necessária e linda declaração
Mas só ela, solta no ar... traz a duvida a tona
E o desconforto de tudo o que não é compreensível
Dilacera o antes, o depois, o agora, o momento e a falta dele.
Estranho.
Não que eu não releve, desmereça,
Não que eu não acredite,
Eu simplesmente sinto a falta
Como se não fosse meu.
Essa eterna impressão de que eu não sou o “ necessário”...
Faz até o bonito parecer triste.
A não constatação, um tormento...