Anônimos Escritores

Enquanto escrevo penso

em quantos como eu

neste momento

(ou em outro qualquer)

derramam sua alma no papel.

Anônimos escritores ignorados

confessam suas mágoas

alegrias e sofrimentos

vivências

emoções e pensamentos

ternuras apenas reveladas

a folhas de papel.

Escritos que jamais leremos.

Vidas que não conheceremos

por ocultas e anônimas.

Confiadas

A cadernos amarelecidos pelo tempo

a folhas esparsas

pelas gavetas escondidas

de uma rotineira, cotidiana vida.

Uns medíocres,

alguns talentos, talvez,

que permanecerão anônimos,

ignorados, escondidos.

Escritos quase envergonhados.

Sentimentos apenas confessados

num impulso

de um momento delicado.

Ou duramente trabalhados

em noites insones

porque o dia

a outros trabalho pertencia.

Anônimos escritores ignorados

e seus escritos de sonho,

palavras fugidias e fugazes

egressas das brumas do pensamento

tenazmente perseguidas

acalentadas pelas brisas d´alma

muito amadas.

Escritos ocultos, perdidos

esquecidos

em cadernos amarelecidos pelo tempo

em folhas esparsas

pelas gavetas esquecidas

de uma rotineira, cotidiana vida.

Lu Narbot
Enviado por Lu Narbot em 04/11/2011
Reeditado em 24/11/2011
Código do texto: T3317244
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