Banho de chuva

Banho de chuva...

Suplico que não me matem as ondas... As cordas...Os andaimes lentos... A bamba corrente de ar...

Suplico que me embalem as danças... As brincadeiras de criança... A ventania que trago dentro de mim.

Serpentear-me, em contas coloridas... Em anéis hologramáticos... Em recursivas gotas de suor...

Suplico que o tempo passe em caleidoscópios gigantes... Em flores nos cabelos... Em pernas bambas... Em seios de habilidades... Nascidas habilidades de saber viver.

Meu hábito...Hálito... Habitat... Consagrados dizeres em melodia... Meio dias?... Meios e tamanhos dias?

Suplico às redes e tramas... Às voltas e rondas... Metades lanças.

Em notas, nem notas... Em vertigem, mostro-te... Amostras de um cálice. Beber-me entre rendas...

Rodopios nas gotas da chuva, em pleno banho de lua... Louco giro em vestido branco, em plena madrugada...

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