A Morte do Amor

Manhã chuvosa, preto, chapéus, salto alto, guarda-chuvas combinando com a elegância, um cortejo, um cortejar com aquela que virá para todos um dia.

Um sentimento que brota de um lado do hemisfério do cérebro e desce ao coração, uma vida, um cuidado, um sentir intenso e profundo,

Um pensar contínuo por alguém que se quer ao lado para construção de algo novo, ações amorosas, atitudes de quem valoriza, prioriza, eleva, admira.

Um movimento para um alvo, um objetivo, uma preparação para vivência de uma nova história, projetos, sonhos de fazer alguém muito feliz. Sim tudo isso se passa como um filme na mente de quem o conhecia. Altruísmo era seu sobrenome, Fidelidade era o nome da mãe e Entrega era o nome do pai... Tão novo para quem o conhecia pela primeira vez, tão antigo para quem passeava pelos livros de história, literatura e afins. Dessa vez ele veio e se foi tão cedo, passou muito mal, bocados ruins, um tolo que sempre fez o bem, cuidou de outrem, capaz de dar a vida, tinha semblante de abobalhado esse rapaz, pois sim, esse tolo mais uma vez se jogou, se deu, se lançou no amar, no cuidar, no colocar-se no lugar do outro, fez juras, declarações, poemas, flores e bombons...

Mas de repente o amor pregou-lhe uma grande peça, o amor, o próprio amor lhe mostrou que ele não era amado mas a sua amada, amava a outro. Então o jovem tolo pegou de um grande punhal e matou o amor.... Funeral, flores vermelhas, coroas de flores, um punhado de terra jogam todos que amaram e não foram correspondidos... Chuva, preto, funeral. Quem morreu? O amor. Sim o amor foi assassinado!

Paoloalmada
Enviado por Paoloalmada em 11/11/2011
Reeditado em 11/11/2011
Código do texto: T3330848