Melodia
A minha melodia, deixa que eu invento
De ritmos quebrados, estou cheia
De arpejos desafinados, já toquei do dó ao si
De ácefalos compassos, já basta a humanidade
De frases sem sentido, os 'livros' têm de monte
Repito o estudo, mas não repito o erro
Da Capo, se necessário... Não tenho medo
Quanto à intensidade, gosto do fortíssimo...
Mas piano às vezes é necessário
O som amadurecido, tenta dizer coisas indizíveis
Minhas pausas soam mais...
e sofrem mais também.
Da mais longa delas, tiro sangue
Mas não perco o tempo