Chuva bendita, maldita
Chuva bendita, maldita
Chuva que cai e floresce os campos
Chuva que cai e arrasa outros tantos
Chuva que é flor, é magia faz nascer
Chuva que cai e castiga e faz morrer
Chuva bendita, amada, tão esperada
Que faz renascer esperança do nada
Que atormenta quando cai incessante
Levando os sonhos de um povo errante
Chuva aguardada com fé se é ausente
Se faz oração no coração dessa gente
Mas é temida quando castiga um povo
Que fez o seu lar na encosta do morro
Mas se arrasta a fé dessa gente sofrida
Nem quer saber se derruba toda guarida
Do povo abaixo que sofre sem ter saída
Quando alaga lares de uma vida maldita
Maria Nogueira Martinelli
(Sapeka)