Em busca de mim

Transitante do silêncio que se esconde

Carros rodando na chuva,

em busca do amor que custa tantas palavras.

Essa tristeza que decifra-nos frageis,

em mordacias vivências, moldando as pegadas.

Despindo-se dos meus sentimentos uma carametade

Navegando em mim, nesse tedioso silêncio.

Melodias dos meus versos... No intinerario de se encontrar.

Vou-me indo! Meu caminho é por toda vida

Sinto o cheiro do ferro, do ferro dos trilhos

Duvidas em mim se retratam...

No santorio dos meus fantasmas que se regeneram.

Numa textura de céu, com gloria de oceano

Um coração que gravita um rosto repetitivo.

Minuciosamente avente meus pés me amparam;

Afrontando enchentes de angustias.

Nesses meus olhos serrados de infortunio,

com esse meu, terno negro de chuvas

Cruzo girassois monotonia a se esgueirar das vaidades.

Cruzo espúrios ruidosos a praguejar

Indiferente tenho que vencer as marcas...

Com o fervor de minhas escaldantes veias.

Sou eu o mero segredo da Esfinge

Que ao transbordamento da conciência,

deixo em fim o fardo de meus dias...

E a cegueira da carne.