Da crítica...

Perde-se ao encontrar-se...

Rasgar os ditos... Esfacelar as verdades... Ser o entrave para as próprias vontades...

Isso é amar a arte...

Quem diz a verdade... A razão, coração... Nem mil palavras ditam o universo que me afoga.

Perco-me, para deixar que vá... Sou assim, em poesia e vida... Sou o poeta das entrelinhas...

De um ponto a outro, existem milhares de inúmeras pegadas... Por isso, perder-se, muitas vezes é achar-se...

Deixar a chance escorregar pelos dedos... Só quem não sabe ao certo,o quão delicado é o presente.

Mente que arrisca... Riscos... Rabiscos... Mil colchas de retalhos, denotam o fim do enlace... Gabbeh de tramas... Finas rendas... Traços de gotas que adornam a face...

Para que imudecer o mundo...? Escuto tudo.

Estou nas asas do grande mestre... Nada falta, tudo falha...Mas, o tempo acaba. Solução.

E o silêncio precisa ser deixado à tona... Calo-me para sempre, sem que nem percebam isso.

Um dia, levantar-se e correr, agarrar com fome o futuro prometido não será impossível... Mas, certamente, será muito tarde.

Dizem que, quando algo se quebra, ficam os dedos, os relevos, as notas... as rotas que se abrem... Veias.

Encontro uma estrada límpida e aberta... Da qual apenas eu faço parte, agora. Da crítica, o pé de mim.

O verbo foi solto ao vento... Lindo, mas ineficaz.

Há um rastro sombrio, na poesia de Adorno...Cinzas!...Cinzas!... Corram...Corram!...

Eu vou morrer de tristeza... Decidido hoje!... Que seja!

18:45