O MENINO E O VELHINHO

Vejo  dezembro  chegando
avançando,
quando estiver no final,
ao ensejo do Natal,
duas visitas chegando,
ambas, um mesmo caminho:
- um  menino  e  um velhinho.

Um, no seu berço sagrado,
nas casas é  festejado,
feito glória nas alturas;
o outro, em horas escuras,
ou horas não percebidas
vai chegando às escondidas.
Um é presente aos crentes,
o outro, entrega presentes;
um, pela porta da frente,
o outro em seu compromisso,
não havendo a chaminé,
pela porta de serviço.

Neste Natal eu desejo
falar do Papai Noel,
aproveitando o  ensejo.
meu verso feito um pincel
Esse  doce  visitante,
em  missão que  é  constante
tem  natalina  empreitada.
na  sua  idade avançada.
Na   dureza  do  passeio,
carrega  um saco cheio,
levando  em  suas andanças
presentes para  as   crianças,
nos   sonhos  e  esperanças..
.
No  sentir  do  meu carinho,,
tenho  dó  desse   velhinho,
que, além  do  saco pesado,
no  caminhar  tão  cansado,
tem que aguentar na  viagem
o calor de uma roupagem
em nosso clima tropical.
E a  barba  avantajada 
é  no  rosto  acompanhada,
de  um  bigode  colossal !

,
Eu, em todos os natais,
vejo  o   Papai   Noel
na pessoa dos papais:
seja pai rico ou pai pobre,
seja pai negro ou pai branco,
o mais humilde ou mais nobre,
não importa a crença ou  raça,
que a igualdade se faça.
Seja no tempo ou espaço,
sempre o Papai Noel,
valendo por todos pais,
qualquer que seja a extensão,
na mais completa inclusão.

Eu   quero  dizer, agora,
que,quando chegar a hora
na  natalina passagem:
cada  pai seja a imagem
do   real   Papai Noel.
Nas suas casas entrando
há   crianças  esperando.
seus    presentes  favoritos 
e  com   esperança   escritos
até  em  folhas  de   papel!.