[a poesia, continuará suspensa?]

...

de tantos os solilóquios que se querem

sem palavras,

como se previsões, imaginações,

vidências, fossem certezas.

De tantos os orgulhos,

sós,

sem espelhos, reflexos sem questionamentos,

sem palavras,

lavam-se as mãos na mesma água,

como se o pântano fosse outro.

[apenas outro...]

E esquece-se...esquecem-se,

de toda a poesia,

limpa-se o pó, que resiste

nos ombros, escondem-se as costas,

disparam-se as armas,

disparam-se os orgulhos,

[esquecem-se de toda a poesia].

No circo sem palhaços finge-se

espetáculo: “-Entrai, entrai, sem balões,

silêncio total, sem um sopro sequer...”

e o publico atônito sai, mudo,

sem palavras.

Sem palavras o que se lê,

sem palavras ao que se assiste,

sem palmas sequer,

afinal,

a poesia adormeceu...

Até quando

a poesia, continuará suspensa?

A presentando O Transversal

" La Folie... sempre me lembro de ouvir o mar..."

Nkisi
Enviado por Nkisi em 07/12/2011
Código do texto: T3376695
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