Colhendo caminhos

Uma voz como a minha voz!

Um poetar de duvidas!

Confessa a mim palavras.

Seria mesmo eu a me dizer pequenas coisas?

Vivo essa busca imperfeita para nunca encontrar perfeição.

E são nas minhas fraquezas que descubro razão.

vou galgando a interlocução do disfarce.

Sou crônico estado de emoção!

Quem fomos nos antes das coisas que seguem...

Vista as roupas que foi minha.

E saia vagando pelas esquinas da vida

Com os olhos molhados de incertezas

perdido no meio das avenidas!

Com os cabelos queimados pela luz do sol!

Lá ia eu colhendo a vida.

Um músculo de ânsias que se levanta todas as manhãs...

Nos olhos que se deixam inundar de cores.

No que resta do que sou para as horas que me restam!

No sol que ardeja, no abismo que me atiro.

No pasto claro!

No triste capim sendo roçado.

Na luta simples, no trabalho

No que nos encoraja a existir!

Naquilo que nos deixa melhor, nos inspira!

que vaga como consolo para que possamos desfrutar...

Nem que seja um carinho do vento, umas nuvens chovendo, um olhar roendo as flores!

Esta vibração que em nos desperta tal sensibilidade

e nos faz comungar.

E nos faz Habitar manhãs tão belas,

E o mais lindo entardecer,

Que nos deixa assim sei lá!

Querendo a tudo ver.