DO QUE DESEJAS...
Sou escravo de sua nobreza,
no brinde das nossas taças,
do cuidado que põe na mesa,
a comida que serve e passa.
Sou escravo de sua beleza
o seu olhar que me enlaça,
crê, certa que sou a presa,
morto em beijos que não mata.
Sou escravo de sua tristeza
são horas, horas parcas
Assim, nado com a correnteza
nas lágrimas puras que te sara
Sou escravo de sua vileza,
pois minhas costas são largas,
das inúmeras marcas estreitas,
de suas loucas horas vastas.
Sou o senhor do que desejas.
Minhas mãos jogam suas cartas,
disciplinado nas suas certezas.
Um caçador que vive a caça.