Imensidão e fúria
água que desce,
rasgando entranhas,
em mais esta façanha
derrubando obstáculos,
num estranho espetáculo,
caminhos irregulares
sem direção, sem fim
aventureiro, altivo,
mar entre margens
inesquecível imagem
corredeira de mato verde
levando desespero
ao povo ribeirinho,
assolando fazendas,
destruindo plantações,
nada a detém,
se há obstáculos,
contorna-os,
não se intimida,
sai correndo, ligeirinha,
busca o oceano
e se entrega
deixando para trás
um véu de destruição...
Ah,Paraíba!
Como te gosto!
Vigoroso, espetacular
guerreiro sábio,
explode a vida
implode a vida
vencedor,
vencido,
Rio que impera
dentro de mim!

Poesia feita observando a imensidão e fúria das águas do Rio Paraíba do Sul em sua enchente de jan/2007 
A foto foi tirada da janela da minha casa.
Vava Maia
Enviado por Vava Maia em 06/01/2007
Reeditado em 06/01/2007
Código do texto: T338770
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