[este nada que me cansa, que se repete]
Apresentando O Transversal
" La Folie... sempre me lembro de ouvir o mar..."
Cumprem-se as promessas
nos joelhos em carne viva,
e o sangue inunda a terra,
cantam as sereias em silenciosos
rumores,
afunda-se a espada,
crava-se a indiferença.
…
Indiferença do que se olha,
como se tudo já se conhecesse,
tantas as viagens,
tantas as repetições,
tantos os orgulhos,
tantos os seixos pisados,
…
nem um grito aparece, nada
diferente,
repetições já saturadas.
…
Rastejam as promessas,
pelas lágrimas que ficaram,
enganos, mentiras,
algumas palavras sem nexo,
riem-se os adamastores,
naquela altivez latente,
que cansa o vento.
…
[que me cansa...]
…
Tanto o esquecimento desejado,
e nascem alguns lírios, como
troféus
da vida onde as promessas valem
mais que factos,
e tudo recomeça novamente,
como se o nada existisse.
…
[Este nada que me cansa, que se repete],
das promessas que se julgam,
cumpridas,
dos atos que se voltarão a repetir.