[este nada que me cansa, que se repete]

Apresentando O Transversal

" La Folie... sempre me lembro de ouvir o mar..."

Cumprem-se as promessas

nos joelhos em carne viva,

e o sangue inunda a terra,

cantam as sereias em silenciosos

rumores,

afunda-se a espada,

crava-se a indiferença.

Indiferença do que se olha,

como se tudo já se conhecesse,

tantas as viagens,

tantas as repetições,

tantos os orgulhos,

tantos os seixos pisados,

nem um grito aparece, nada

diferente,

repetições já saturadas.

Rastejam as promessas,

pelas lágrimas que ficaram,

enganos, mentiras,

algumas palavras sem nexo,

riem-se os adamastores,

naquela altivez latente,

que cansa o vento.

[que me cansa...]

Tanto o esquecimento desejado,

e nascem alguns lírios, como

troféus

da vida onde as promessas valem

mais que factos,

e tudo recomeça novamente,

como se o nada existisse.

[Este nada que me cansa, que se repete],

das promessas que se julgam,

cumpridas,

dos atos que se voltarão a repetir.

Nkisi
Enviado por Nkisi em 14/12/2011
Reeditado em 23/12/2011
Código do texto: T3388190
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