Para L. L. Saad

Móvel brinquedo a vida

Mal a gente sai das fraldas

E a fraude da ilusão

Nos arranca dos braços do rio...

Flui um som de chorinho, valsas

e o burburinho do armazém

Mas a pequena cidade grande

Quer-nos pais

E agora?

Agora não sei.

Parir na estrada,

Tirar um som do violão

Trocar as fronhas de noites chuvosas

Sei não, estamos debaixo desse céu

De “Magrite” , (nu)vens cheias de idéias...

Que muda o tempo todo...

Agora mesmo você estava aqui comigo

“Plantado bananeiras e comendo pé-de-moleque”,

“Dançando com saias rodadas”

agora, agora colhemos goiabas maduras,

mas olha aqui, carregamos nos bolsos o

açúcar daqueles tempos de fazenda.

Alessandra Espínola
Enviado por Alessandra Espínola em 07/01/2007
Reeditado em 07/01/2007
Código do texto: T338957