Poema de Pedais

Como o pesar da tarde que cai

Como o ímperto braso que assim carrego

Assim me apego

Para entrelaçar o vazio que assim vai...

Das entranhas vísceras assim cantara

Vá com sorte,

Traga a morte,

Como o som de outrora.

Vi um dia desses

Que sangue e alma,

Assim como a palma

Exalam às vezes...

Parti com a vida,

Abracei o vento,

Que me causara tormento.

Caminhara pelos pedais,

Gravara ancestrais

Salvara vitrais

Alí perto do cais...

Do vácuo saíra,

Meu coração abrira

Para afogar as lágrimas

Caminhando pelos pedais.

Era azedo que aguara

Vida que aclamara

Sal que unça...

Amor que aguardaria?

Amor que entraria?

Amor que se faria?

O amor se cumpriria...

Marcella Duarte
Enviado por Marcella Duarte em 15/12/2011
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