Poema de Pedais
Como o pesar da tarde que cai
Como o ímperto braso que assim carrego
Assim me apego
Para entrelaçar o vazio que assim vai...
Das entranhas vísceras assim cantara
Vá com sorte,
Traga a morte,
Como o som de outrora.
Vi um dia desses
Que sangue e alma,
Assim como a palma
Exalam às vezes...
Parti com a vida,
Abracei o vento,
Que me causara tormento.
Caminhara pelos pedais,
Gravara ancestrais
Salvara vitrais
Alí perto do cais...
Do vácuo saíra,
Meu coração abrira
Para afogar as lágrimas
Caminhando pelos pedais.
Era azedo que aguara
Vida que aclamara
Sal que unça...
Amor que aguardaria?
Amor que entraria?
Amor que se faria?
O amor se cumpriria...