A poesia do teu sorriso

Se há poesia em notas mudas

Se há poesia no silencioso grito da inconsciência

Se há poesia na paisagem morta

Se há poesia na insanidade

Se há poesia até na morte

O que dizer do teu sorriso?

Como dizer que ele não é a expressão semidivina da poesia liricamente comparável ao infinito estelar?

Como não ratificar o meu amor e minha hipnose voluntária, que como um câncer, se espalha por todo o meu corpo em velocidade atroz?

Como não admirar esta expressão ao mesmo tempo tão simples e singela, e por outro lado, tão complexa e enigmática, de contra-beleza humana? Beleza extrasensorial, metafísica e ditosamente incompreensível aos outros.