Gurupá de São Benentônio Canto Final

Gurupá, dezembro de 2008.

O cantar da cigarra anuncia

Sol de tarde, que vamos louvar

Levantado o mastro no dia

As festanças do meu Gurupá

Foliões de estandarte erguido

E marchando num passo veloz

Nos olhares de São Benedito

No momento se eleva a voz

Glorioso Santo da terra

O Amazonas te abraça bem forte

Nos retira do espírito a fera

O pecado, o medo a morte

Nos dê força, coragem, o brio

Desafio que vamos vencer

Nossa matas, os bichos, o rio

Que juramos sempre proteger

A mulher que me cata à janela

E que amassa o meu açaí

E se banha, se mostra tão bela

Protegei, que sou grato a ti

Glorioso Santo da terra

O Amazonas te abraça bem forte

Nos retira do espírito a fera

O pecado, o medo a morte

Abençoa o pobre pescador,

O roceiro, extrator de madeira

Do açaí, protegei coletor

As pessoas que fazem a feira

Os boa-noite, boa-tarde, bom-dia

Preservai quando vou perguntar

Aumentai a nossa simpatia

Que famosa já é no Pará

Glorioso Santo da terra

O Amazonas te abraça bem forte

Nos retira do espírito a fera

O pecado, o medo a morte

Carrazedo ao Itatupã

Damos graças, louvores a ti

Agradeço o sol da manhã

Do Flechal até o Marajoí

Benedito, o Santo, o negro

Um carinho a nós que encerra

Não diz, mas sabemos o segredo

Do por que de amar nossa terra

Glorioso Santo da terra

O Amazonas te abraça bem forte

Nos retira do espírito a fera

O pecado, o medo a morte