Além ossos

Escrever istó ou não escrever?

Para qual posteridade, meu ser endecifrado em qual arquivo?

Essas passagens que navagamos sem astrolábio no juizo.

Uma viajem ao desconhecido...

Para se chegar do outro lado.

Calado tranquilo e pensativo.

Reflito!

As veses sinto mesmo uma vontade de tomar um bom café!

Talvez seja um vicio.

Talvez tenha me viciado em escrever poemas!

E de madrugada acordo, para escutar centenas de galos cantando por toda minha rua...

Imagino que eles queiram nos dizer algo!

É raro sonhar de noite! Queria mesmo sonhar com girassóis e lirismo!

E de manhã fermentar com as mais doces palavras a mesa do café...

Recitando poemas! E lendo em voz alta...

Como quem precisa do agora e de toda lucidez.

Quero meu poema...

Que o tempo roubou!

Quero meus pensamentos de ifância, e as veses que estive a brincar.

Preciso muito mais do que isso!

Não sou o aço tão forte e afiado da espada!

E sim a carne, que nela se parte.

Os vagões passando, com seu barulho a sumir nos trilhos ao longe...

Bem longe! Onde a vista não pode alcansar...

Dando adeus!

Meus olhos reviram o horizonte!

Suas cores de sereno.

E o porque que tenho me tornado tão mortal...

Tão sentimental quanto um abraço verdadeiro.

E livre, completamente livre de qualquer amor...

Sou antes eu sozinho!

E as tardes foram profundas nos meus pensamentos!

O crépusculo amargo do cigarro

na minha boca.

E dentro do crânio do homem...

Brindam as taças do imperialismo!

As imposições contra todo livre arbitrio.

E queremos mesmo é voar!

E queremos mesmo partir!

Estamos confusos chapados!

Uma flor...

Um coração que começa a desconfiar do tempo.

E bate pesado! E tão apressado diante da perda.

Se aceitando que vai partir!

E que precisa mais que todas as coragens

para de fato morrer.