Epitáfio
Saudades
Daqueles tempos
Em que nunca
Vivi
Daqueles papos
Que nunca
Tivemos
Daquele colo
Em que nunca
Sentei
Saudades
Daquele ombro amigo
Em que nunca
Recostei
Daquelas frustrações
De que nunca
Te contei
Daqueles lugares
Em que nunca
Estivemos
Saudades
Daquelas alegrias
Das quais nunca
Sorrimos
Daquelas tristezas
Das quais nunca
Choramos
Daqueles filmes
Que nunca
Assistimos
Saudades
Daquelas quedas
Das quais nunca fui
Consolado
Daquelas peladas
Que nunca
Jogamos
Daquelas praças e parques
Em que nunca
Fomos
Saudades
Daquela forte saudade
Que nunca
Senti
Descanse em paz, pai...
Marcelo de Andrade
13/07/06
Direitos reservados