Entardecer

...às dezoito horas...

Horas sublimes.

Etéreas.

Brumas e plúmbeas.

O céu desce à terra.

Fecundação

Sedução.

O dia se despede saudando a noite

que vem vestida de prata.

Amantes condenados:

enquanto um é,

o outro não pode ser.

A abóbada celeste,

antes azul,

torna-se rosa-fogo

e depois

manto veludo negro.

Breve brisa,

doce aragem,

vento que passeia

tocando as folhas

e flores da jardineira.

POESIA.

Toca a minha face

dando-me um gélido beijo.

Uma gota de melancolia

com admiração.

Passa-se o dia,

chega-se a noite.

Mais um,

Menos outro.

Quase agonia verdadeira.

HIPOTERMIA.

L.L. Bcena, 08/07/2000

POEMA 695 – CADERNO DOS ANJOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 08/01/2012
Código do texto: T3429626
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