Chuva de Ouro

Chovia gotas de ouro.

Não molhavam e não se secavam.

Permaneciam...

Embelezava.

Chovia pingos de ouro.

Não limpavam e não sujavam.

Ficavam...

Ressaltava.

Chovia contas de ouro.

Não tumultuavam e não esvaziavam.

Eternizavam...

Iluminava.

Chovia lágrimas de ouro.

Não entristeciam e não deprimiam.

Divinizavam...

Alegrava.

Era o Ipê,

que sugando

a riqueza da terra,

florescia pétalas douradas.

Toda copa ficava

como sublime auréola

coroada.

Passava a brisa

invejosa

fazendo o Ipê

chover.

Para o Poeta era um banho

de amarelo.

Para os transeuntes quaisquer,

Simples espetáculo.

L.L. Bcena, 10/07/2000

POEMA 674 – CADERNO DOS ANJOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 11/01/2012
Código do texto: T3434562
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