Poesia no mar
Há tantos dias que em mim nada sinto
Que desperdício uma vida assim, sozinho
Caminho para o mar que me toca sem molhar
Mergulho sob o teto azul do céu azul do mar
Entro em submerso firmamento enegrecido
Levanto e logo lembro dos descartes inauditos
Das pútridas e fétidas tragédias esquecidas
Me tormento por só ter poucas palavras escolhidas
E antes que eu cometa o mesmo erro todo errado
Canto-te em som, insanamente acordado
E mar, bebível mar, pesado mar, abraço mar
Alegro-me de ter-te pelo menos menos mar