“É meu direito sonhar...”.

O sonho é chama a inflamar a ilusão

extraviada, esquecida em qualquer parte

Permita-me o direito de querer sonhar

enquanto sou dona do tempo, que se esvai

Deixe que a fábula toque leve meu sentir

Conduza-me num bailado que desnorteia

Exceda a fria realidade em sussurros alados

deixando lá fora, todos os sons do mundo

Quero a sutileza que reside nessa harmonia

como se fora a minha outra metade resgatada

Deixe-me extasiada, enroscada nestes versos

fazendo aflorar meu sangue rubro que solicita

Quero o fim de beijos interrompidos e mornos

e nesse bailado, exonerem-se as caricias baldias

Glória Salles

13 maio 2010

16h26min

-Registro na Biblioteca Nacional

-Ministério da Cultura

-E.D.A.