TU ME RECONHECES?
 

Recebo o toque de tua alma sem justa causa.
E com minha alma... Ao vento, de passagem,
Vou a acariciar e a vaguear a dama minha.
Quem perdeu o toque? Quem o irá buscá-lo?

Pude amar-te com infinita misericórdia de nós ambos,
Pude amar-te intenso, assim que acertasses em chegar.
Ninguém vê! Os caminhos floridos estão sozinhos!
As carícias perdidas, por aí irão?... Por aí irão?...

Se meus olhos novamente te beijam nas noites, amada,
Agitar-se-ão os ramos com um suspiro triste e doce.
Se tu pressionares minhas mãos nas tuas, num abraço
Leva-me e deixa-me amar.
Conseguiste me desfolhar!

Se tu quiseres mais: um beijo na boca, meu corpo e minha alma,
Se o ar é quem te tece a ilusão de beijar, de me tocar e de me possuir,
Ó amada que me povoa além, tu tens os olhos como o céu,
Fundidos aos meus, com o vento e com o tempo.

Tu me reconheces?

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 31/01/2012
Reeditado em 01/02/2012
Código do texto: T3472975
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