Porão

Eu desci dos telhados.

Saí do olho roxo

Das embarcações naufragadas.

Auréola de um sinistro desenho:

Eu e minha sombra

De mãos dadas.

Hora inerte no

algodão inflamado.

Triste coluna de si mesmo:

Um beijo doce

No flanco amargo.

Julio Urrutiaga Almada
Enviado por Julio Urrutiaga Almada em 15/01/2007
Reeditado em 30/01/2007
Código do texto: T347755
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