[esqueço-me do dia]

Apresentando O Transversal

“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”

das partidas e das estações do ano

...

por vezes esqueço-me do dia

quando a noite termina,

ficando alguns pavios de vela

queimando,

tremem as cores então,

e as sombras fogem,

e escondem-se.

Fico-me no baloiçar da maré,

no pensar distante das silhuetas

deitadas uma noite a meu lado,

sem face,

brilham garrafas vazias pelo convés,

caleidoscópios coloridos,

mágicos das cores,

quais supernovas envoltas

por cristais azulados.

Por vezes esqueço-me do dia,

onde as palavras têm cores,

como as searas, como algum

arco-íris sem forma,

e o vento separa-as,

transformando-as em vida,

quando a noite termina.

Quebram-se os circulos, as visões,

destroe-se o além do mar

das latitudes,

repartem-se as longitudes em tempo,

do tempo que se quer suspenso,

[porque não parado?],

envelhece o mar, esquecem-se

saudades,

e a noite,

jamais amanhece.

Conta-me dos brilhos da noite,

enquanto me esqueço do dia.

Nkisi
Enviado por Nkisi em 03/02/2012
Reeditado em 03/02/2012
Código do texto: T3478368
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