Perdido em mim

No meu âmago, fundo do meu pensamento.

Tão fundo, que profundo penso.

Meu sangue parece reptilizado,

Meus medos exaltados,

Arqueólogo de saudades fossilizadas.

Uma procura no nada, por nada.

Ou tudo, ou nada, no todo nada

Descubro que ainda não sei usar o tato,

Que não sei amar o ato,

No átrio dessa solidão.

Solidifico o músculo pulsante que jaz aqui no peito.

Meus olhos que se exprimem sem nada ver,

Lagrimas regam minha face,

Nesse encontro com o nada que há em mim,

Nesse escuro sorrir não adiantaria,

Quem iria sorrir comigo?

Imenso silêncio que vaga pelo escuro,

Mais gritos coçam minha garganta.

Como um cego as mãos a frente tentam tatear,

Aonde esta, tudo que eu achava que possuía?

Descobrir que me perdi, no imenso vazio que edifiquei,

em mim...

Allan Ribeiro Fraga

ESCRITOR FRAGA
Enviado por ESCRITOR FRAGA em 10/02/2012
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