Perder,
perder,
perder.

Perder 
(exatamente)
o quê ?

Ora,
o que se perde, não importa.

Vale é a porta nova 
que se abre

(sempre)

e infinitamente,

toda vez
que
(conscientemente)
abrimos o adeus
na palma
da mão,

felizes
(ou não)

livres,
porém.

Porque os dedos,
esses ficam.
Menos mal.

Se, 
finalmente,
a paixão 
se foi,
o que era doce não acabou.

        Será?
 
Miriam Dutra
Enviado por Miriam Dutra em 10/02/2012
Reeditado em 11/02/2012
Código do texto: T3491712
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