AH! MINHA POESIA, SE EU TE PEGO!
Vives correndo de mim,
deixando-me assim...inócuo.
As rimas amasiaram-se
com prosas, numa afeição
pra lá de gay.
As lógicas sucumbiram
ao modernismo techno.
O lirismo brutalizou-se
em danças de rua.
Ah! minha poesia.
Fugiste assim, covardemente.
Deixaste-me sem chão,
sem estrelas...sem voz.
A pedra do Drummond
virou meteorito.
Mundo...mundo...se eu
me chamasse solução
não seria uma rima
pra Raimundo algum.