RETRATO
Retrato
Fizeram de minha vida um teatro
Que varia da tragédia a comédia
Da penumbra da vida a melodia
Apagada a ribalta, o retrato.
De um palhaço da vida real.
No aconchego do palco da vida
Nele vou representando
Ora aqui, ora ali, sempre mudando.
Porém, a mascara é a mesma
O riso e o choro derramando
No riso do palhaço se esconde
Quantas vezes o riso dos lábios
O choro, lágrimas do coração,
Ri e chora, chora e se defende,
Pois sua dor, ver ninguém pode.
Quando me volto, no teatro da vida.
Vejo que a comedia em tragédia virou
Não vivi a vida, o tempo passou.
Tira-se a máscara, o espetáculo acabou.
Jarbas M. Povoa
13-12-03