RETRATO

Retrato

Fizeram de minha vida um teatro

Que varia da tragédia a comédia

Da penumbra da vida a melodia

Apagada a ribalta, o retrato.

De um palhaço da vida real.

No aconchego do palco da vida

Nele vou representando

Ora aqui, ora ali, sempre mudando.

Porém, a mascara é a mesma

O riso e o choro derramando

No riso do palhaço se esconde

Quantas vezes o riso dos lábios

O choro, lágrimas do coração,

Ri e chora, chora e se defende,

Pois sua dor, ver ninguém pode.

Quando me volto, no teatro da vida.

Vejo que a comedia em tragédia virou

Não vivi a vida, o tempo passou.

Tira-se a máscara, o espetáculo acabou.

Jarbas M. Povoa

13-12-03

MARQS
Enviado por MARQS em 18/01/2007
Código do texto: T351196