Amanhã, e amanhã, e amanhã

Amanhã, e amanhã, e amanhã,

Arrasta-se neste passo, dia após dia,

Até a última sílaba do tempo escrito.

E o passado só iluminou, para os tolos,

O caminho da morte soturna. Apaga-te, apaga-te, breve chama!

A vida não passa de uma sombra errante, um mau ator,

Que pavoneia e se agita em sua hora sobre o palco

E, depois, é entregue ao esquecimento. É um conto

Contado por um idiota, cheio de som e fúria,

Denotando nada.

Esta é uma tradução que fiz do famoso solilóquio de Macbeth (ato 5/cena 5) - Shakespeare.

Ivan Eugênio da Cunha
Enviado por Ivan Eugênio da Cunha em 27/02/2012
Reeditado em 13/02/2016
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