Senhora, de José de Alencar, em poesia

Eu e os alunos da EE Prof. José Maria Hugo Rodrigues fizemos este poema para a Gincana Literária.

Senhoras e Senhores,

Queremos aqui contar

Uma história muito linda

Que muitos já ouviram falar.

É o melhor romance urbano

De José de Alencar.

Aurélia, jovem apaixonada,

Dezoito anos, beleza esplêndida.

Seu amor não correspondido

No coração gerou sofrimento,

Ódio, rancor e decepção.

A sede de vingança

faz bater seu coração.

Se um dia vos dissesse

Que Aurélia fora pobre,

Talvez não acreditassem

De tanta beleza era nobre.

Com seu porte de rainha,

A vingança por si encobre.

No coração trazia a dor

Do abandono, ódio cruel.

Muitos contos de réis pagou

Para no dedo por o anel.

Fernando foi enlaçado

Pela sua postura de Fidel.

Também, quem a ele mandou

Pelo dote de Adelaide

Desprezar o seu amor?

Tinha lá os seus motivos,

Cá pra nós, por vaidade.

Aurélia o tomou para si,

Como ficou sua dignidade?

Situação mal resolvida,

Nas núpcias, sobrou a alcova.

Mas quando a luz desmaia,

Em lágrimas chora a enxova,

Os lábios murmuram o amor

Que mandou para Moldova.

Amor confuso, galanteador,

contido, esquizofrênico

Uma aventura em capítulos,

Do preço à dose de arsênico.

Na corte, um casal feliz,

No lar, um frio germânico.

Fernando foi trabalhar

E muito dinheiro juntar

Devolveu o valor que o comprou

Mas e o coração?

Como ser libertado

Do amor que queima em seu peito?

Com perdão apagaram o passado

Voltou tudo à perfeição.

Nos beijos apaixonados,

permitiram, no raiar do dia,

a felicidade eterna penetrar seus corações.