Quando fui outra

Quando fui outra

Fui feliz e triste

Crente e incrédula das coisas más

Entreguei meu sorriso sincero

Recebi na minha inocência golpes (não tão fatais)

Fui passagem e água para sede alheia

Transformada em ponte, filha do mundo

dos meus pais e do meu

Estive nua e vestida para festa

Solitária entre abraços e canteiros lindos -

mas eram tão frios...

Quando fui outra

caminhei por esse caminho que me trouxe eu.

Hoje me apresento:

Flor de caule sem espinho

Flor do mato, flor de cacto

Flor no vaso, flor no chão.

Floresta inteira e vária - sugestão.

Valéria Britto
Enviado por Valéria Britto em 07/03/2012
Código do texto: T3541146
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