o poeta

O Poeta

Doce Quimera,

Quem dera fosse verdade!

Eterna fantasia,

Pudera tornasse real,

Tudo o quanto ilude!

Lúdica imaginação,

Quem dera fosse concreta!

Lírico sonho,

Pudera viesse acontecer

Tudo quanto preludia!

Amável mentira,

Quem dera fosse sincera!

Querida invenção,

Pudera tomasse forma

Tudo quanto prega!

Querido fingimento,

Quem dera não fosse só isso!

Adorada ilusão

Pudera deixasse a abstração

De tudo quanto inventa!

Impudico desejo

Quem dera seja abundante!

Deliciosa luxuria

Pudera venha incendiar

A tudo quanto profana!

Errante Poeta

Quem dera existisse!

Encantadora sombra

Pudera fizesse viver

A tudo quanto divaga!

Mas, talvez fosse melhor,

De tudo quanto

fingiu, mentiu,iludiu,

Sonhou, prometeu ,inventou,

Não emitisse realidade alguma,

Permanecesse de todo surreal,

Do jeito que nasceu!

03/12/06

Para você Poeta

E para mim tb....

nina barros

ninethe
Enviado por ninethe em 21/01/2007
Código do texto: T354270