[quão dificil é?]

Apresentando O Transversal

“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”

La Folie, Lydia the Tattooed Lady

[quão dificil é?]

por entre reflexos que

encadeiam o olhar, as luzes

entram mais fundo,

como caleidoscópios dos pedaços

de uma aurora boreal,

enfunam-se estas velas que se queriam túnicas onde um dia foram alvas como aquele clarão indeciso que precede a aurora.

Cor,

sim,

cores dos céus que se

refletem pelo mar, além dele,

e traçam linhas retas sem pontos

de partida ou pontos para chegadas

isentas das chagas em

qualquer madeira de carvalho,

ou de castanho.

Voam orquídeas brancas pelos caminhos libertadas por ventos fortes nos cumes das montanhas ensolaradas e silenciosas,

quão silencioso o seu voo,

quão silencioso o coração

que as habita, dificil essa casa,

dificil esse habitar, diz-me,

quão dificil é?

Será assim?

Ensina-me, revisa-me depois,

e na nova leitura altera os significados destas palavras que eu queria escritas nas cores do sangue,

não alteres a pontuação,

que me destece,

e destece, uma outra vez.

“o coração é uma casa dificil de habitar”

“Basta um coração”, “o coração é uma casa dificil de habitar”

A Naifa, João Aguardela (falecido), Luis Varatojo, Mitó (Maria Antónia Mendes), Vasco Vaz.

http://www.anaifa.com/

Nkisi
Enviado por Nkisi em 13/03/2012
Código do texto: T3551770
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