[o poema que faça o resto]
Apresentando O Transversal
“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”
La Folie, Lydia the Tattooed Lady
as pessoas dizem dos (des)encantos
nas manhãs despenteadas,
pelo vento, pela chuva,
apenas de sol,
jamais terei a certeza do
(des)engano, e desde já me fico
repetindo, enquanto ondulo palavras
colocando-lhes um til, uma onda,
coisa mínima.
Nestes desígnios incontroláveis,
de quem um dia se fez ao mar,
me aventuro sem rosa, ou cravo,
ou espada,
…
o poema que faça o resto,
e me deixe sossego.
Nas estradas tão sujas como
algumas rotas nos sargaços,
afunda-se a âncora,
como um sino que desaba nos
vitrais coloridos,
afinal, estanco-me destas
hemorragias, seco-me.
Faz-me falta, o teu olhar
coral.
[Longos são os sons da noite e o dia repete-se como o movimento de um pêndulo... isso, eu sei!]