Mordaça ignorante

Taparam-me os olhos e a boca

Ataram-me as mãos, me tiveram como louca

Destilaram a minha inocência

Eu, implorei por clemência.

E na insanidade absurda

Não via e nem ouvia, estava cega e surda

Com sonhos massacrados

Não pensava, não comia. Ideais frustrados

E se não bastasse a dor

Ainda restava-me a solidão

E se me sobrasse força

Me amarravam, deixando-me às moscas

Um revolucionário, louco

Solitário, um pouco.

Sedento por conhecimento

Dilaceram-lhe a expressão do pensamento.

a Dani Ribeiro
Enviado por a Dani Ribeiro em 23/01/2007
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