Poema proibido
Olhos que me observam
Na surdina
No silêncio dos pensamentos
Que vagam
E me encontram em algum lugar
No sonho, no imaginário
Na madrugada escura, no quarto fechado
Lábios mudos
Que pensam desejos mudos
E me tocam
Num beijo surdo
E tímido
Corpo imaculado
Quase fluido ao toque
Se guarda e se mostra
A si mesmo
Se reserva ao direito
De querer me consumir
E beber-me até a última gota
Sugar-me
Em segredo