Águas de Tom

Chovem as

águas de Tom,

fechando o verão.

Céu e Mar

em uma só água,

como amantes

isentos de mágoa.

Longe, o navio

navega e flutua

qual rosa crua

que plaina indolente

esparramando-se em

vermelho perfume,

sem gemido

e sem queixume.

Água aos quatro ventos,

aos quatro elementos.

Águas do Maestro Soberano.

Morna como afago

e acolhedora, como o lar

que ainda trago.

Para Derli. Com carinho.

Homenagem pouca ao Maestro Antonio Carlos Jobim.